O Herpesvírus Bovino tipo 1 (HVB-1) é o agente causador da Rinotraqueíte Infecciosa Bovina/Vulvovaginite Pustular Infecciosa Bovina (IBR/IPV) (Roizman et al., 1995). A via mais importante de transmissão é horizontal que ocorre pelo contato direto entre os animais e também pela cópula; porém o embrião e feto podem infectar-se pela via vertical (transplacentária). A transmissão indireta ocorre principalmente por aerossóis, fômites, tendo a inseminação artificial importante papel na entrada da doença em rebanhos que nunca tiveram contato com o vírus (Lemaire et al., 1994).
Em bovinos, o HVB-1 provoca uma variedade de sinais clínicos: respiratório (rinotraqueíte em animais jovens e adultos, abortamento, conjuntivite) e genital (vulvovaginite pustular nas fêmeas, balanopostite nos machos). O vírus é também responsável por nascimento de animais débeis e quadros de enterite, causando a morte de neonatos (Lemaire et al., 1994).
Em bovinos, o HVB-1 provoca uma variedade de sinais clínicos: respiratório (rinotraqueíte em animais jovens e adultos, abortamento, conjuntivite) e genital (vulvovaginite pustular nas fêmeas, balanopostite nos machos). O vírus é também responsável por nascimento de animais débeis e quadros de enterite, causando a morte de neonatos (Lemaire et al., 1994).
O HVB-1 está disseminado por todas as regiões do Brasil, atingindo elevados índices de infecção nos rebanhos (Pituco et al., 1999a; Richtzenhain et al., 1999a). Dados do Laboratório de Viroses de Bovídeos do Instituto Biológico, referentes ao período de janeiro de 2001 à dezembro de 2002, mostram que de 398 fetos recebidos de vários Estados, de rebanhos com problemas reprodutivos, 1,51% (6/398) foram positivos ao HVB-1 e que de 11.892 amostras de soro recebida, 48% (5694/11892) foram sororeagentes.
Os Herpesvírus induzem latência, caracterizada pela presença do genoma viral nos gânglios nervosos, principalmente no trigêmeo e sacral, sem produção de progênie viral (Engels & Ackermann, 1996). O animal portador latente pode reativar o vírus, quando é exposto à fatores predisponentes estressantes, que diminuem a resistência imunológica (Ackermann et al., 1982) e assim eliminar partículas virais, na maioria das vezes sem apresentar sintomas clínicos (Lemaire et al.,1994).
Os Herpesvírus induzem latência, caracterizada pela presença do genoma viral nos gânglios nervosos, principalmente no trigêmeo e sacral, sem produção de progênie viral (Engels & Ackermann, 1996). O animal portador latente pode reativar o vírus, quando é exposto à fatores predisponentes estressantes, que diminuem a resistência imunológica (Ackermann et al., 1982) e assim eliminar partículas virais, na maioria das vezes sem apresentar sintomas clínicos (Lemaire et al.,1994).
Uma vez tendo sofrido infecção primária, o animal será portador do HVB-1 por toda a sua vida, potencialmente atuando como fonte de infecção para indivíduos susceptíveis, assegurando a permanência da infecção no plantel (Lemaire et al.,1994).
O impacto econômico desta enfermidade é observado pelo retardo do crescimento de animais jovens, menor produção leiteira, morte embrionária e fetal, abortamento com maior freqüência, no segundo e terceiro trimestres de gestação (Barr & Anderson, 1993; Kirkbride, 1985), reduzida eficiência reprodutiva de matrizes e touros (Kahrs, 1977; Lemaire et al., 1994; Alfieri et al., 1998), além das restrições ao comércio internacional de animais vivos e seus produtos como sêmen, embriões e produtos de biotecnologia, previstas no Código Internacional de Saúde Animal (OIE, 2001).
Países europeus com baixa prevalência do HVB-1 nunca permitiram o uso de vacinas e erradicaram a enfermidade utilizando sorodiagnóstico e eliminação dos animais reagentes (Ackermann et al., 1990a; Ackermann et al., 1990b; Straub, 1991). Quando a prevalência do HVB-1 é elevada, a erradicação torna-se onerosa pelo custo dos descartes, sendo mais viável neste caso a utilização de vacina com marcador genético para reduzir a prevalência da infecção, sem no entanto, prejudicar o monitoramento para avaliação do resultado, pois esta permite a diferenciação entre animais infectados e vacinados utilizando um teste ELISA (Van Oirschot et al., 1996), porém a comercialização desta vacina não está autorizada no Brasil e no momento dispõe-se de vacinas convencionais para o controle da doença.
Programas de combate ao HVB-1 podem ser empregados utilizando estratégias que incluem ou não a vacinação dos animais, tendo como objetivos controle e/ou erradicação da enfermidade, considerando-se a prevalência da doença, os objetivos da propriedade ou da região em questão. No Brasil, bovinocultores combatem o HVB-1 voluntariamente, porém faltam diretrizes dos órgãos competentes de Defesa Sanitária Animal para que estas realmente tragam os benefícios esperados. Deve ser considerado, contudo, que a tendência da maioria dos países europeus é a erradicação do HVB-1, utilizando vacinas com marcadores genéticos e eliminação de portadores do vírus.
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