A raça é originária da região de Kobistan, no Paquistão. Foi introduzida no Brasil em 1952 pelo diretor do Instituto Agronômico do Norte (IAN), Felisberto de Camargo. O objetivo era estabelecer na sede do IAN em Belterra (PA), um centro de pesquisa da raça sindi e fazer primeiramente da região amazônica um local auto-suficiente em leite e manteiga e, depois, o Nordeste.
Em 1954 um lote de 50 animais (reprodutores, matrizes e crias) seguiu uma parcela para Belterra e anos depois, outra para a Ilha de Marajó (onde o rebanho será extinto). No entanto, algumas fêmeas foram doadas para a Esalq, em Piracicaba. Lá, foram desenvolvidas várias pesquisas bem como a difusão da raça entre os criatórios do Estado de São Paulo. Sertãozinho, Nova Odessa e Ribeirão Preto foram alguns dos núcleos onde se trabalhou o gado sindi com finalidade leiteira, na década de 50. Com a intensificação do rebanho zebuíno, o Departamento da Produção Animal da Secretaria Estadual de Agricultura resolveu firmar, em 1956, uma parceria com o criador José Cezário de Castilho, propondo o cruzamento de seu rebanho com a do órgão governamental (linhagem de 1952).
Em 1963, o gado sindi é transferido para a Estação Experimental de Zootecnia de Ribeirão Preto, que também intensifica a exploração do potencial leiteiro da raça. Dez anos depois as pesquisas com o gado vermelho indo-paquistanês no instituto foram desativadas. O rebanho foi então transferido para a cidade de Colina, onde foi vendido e abandonado -data de 1974 o encerramento de pedidos de registros junto à ABCZ.
Numa parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa) em 1980, José Cezário de Castilho disponibilizou animais para serem avaliados na ocupação do semi-árido nordestino, especificamente na região de Patos. De ambos os núcleos, o gado sindi foi partindo para outros estados como Pernambuco e Alagoas. Sendo assim, a década de 90 foi marcada pela ascensão de criatórios de sindi em todo o país e conseqüentemente, por pedidos para retomar a execução dos serviços de registro genealógico da raça.
Em 2001 foi aprovado o registro genealógico dos animais da Emepa e da Embrapa-CPTAU, por parte do Ministério da Agricultura através de seu Departamento de Fiscalização e Fomento da Produção Animal.
A raça, resistente e boa produtora de carne e leite, foi utilizada principalmente em regiões de condições climáticas pouco favoráveis, como determinadas áreas nordestinas, que ainda hoje concentram a maior parte do plantel nacional de Sindi.
Principais características: rusticidade e tolerância ao calor. As fêmeas produzem, em média, 1.700 kg de leite por lactação. Entretanto, sob condições ótimas chegam a ultrapassar 4.000 kg de leite por lactação.
Entre os traços étnicos que definem seu padrão destacam-se o pequeno porte, a pelagem vermelha e a pele bem pigmentada.
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