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RAÇAS SINTÉTICAS PARA CORTE - BEEFALO

BEEFALO
Fonte: Adaptado de Criar e Plantar
CRUZAMENTO: BISON X BOVINOS ( SHORTHORN,HEREFORD e CHAROLÊS)

Quando os europeus chegaram à América Norte, no século XV e XVI, deparam-se com extensos rebanhos nativos de um animal classificado como bisão (sendo chamados por alguns de "búfalo americano"), calculado num total mais de 100 milhões de cabeças existentes. Somente os índios conseguiam viver explorando os bisões, pois ambos eram nômades. Após décadas de matanças organizadas pelos colonos americanos, este animal quase chegou à extinção. Foi a partir de 1914 que começaram as primeiras experiências de cruzamento com o gado bovino, por iniciativa do Canadá, salvando a espécie do desaparecimento. No final da década de 40, Jim Burnett (Montana, EUA) trilhou um novo caminho que culminou, em 1957, com o primeiro touro fértil ¾ sangue bisão. O nome beefalo originou-se na década de 70, crédito dado a Bud Basolo (Califórnia, EUA), resultante da produção de animais férteis com sangue 3/8 bisão e 5/8 bovino.

A dúvida sobre a adaptação do beefalo ao clima tropical do Brasil e com forragens diferentes foi rompida pelo pecuarista Antonio Carrera, quando em 1990 realizou-se a primeira experiência com animais meio-sangue no Pantanal, após 9 anos de pesquisas. No final de 1991, foram importados 106 animais que deixaram o rigoroso inverno de -30ºC em Wyoming (EUA), para um calor intenso no Mato Grosso do Sul. Hoje, estes animais estão plenamente adaptados na Fazenda Junqueira, em Campo Grande (MS), onde um grupo de profissionais desenvolve tecnologia avançadas para viabilizar sua implantação no país.

O beefalo herdou do bisão a rusticidade, que possibilita o uso da raça na monta natural e sua criação maneira extensiva, a pasto. Outras características são significativas:

- Precocidade: grau elevado de precocidade em serviço após 14 meses de idade. Rápido ganho de peso e terminação com 2 anos. 
- Fertilidade: apresenta baixo índice entre partos nas fêmeas e grande capacidade de cobertura dos machos. Registra alta taxa de fertilidade, semelhante ao dos bovinos europeus. 
- Longevidade: constata-se a existência de vacas com mais de 20 anos e com bezerro ao pé. A raça reage muito bem ao calor em tomo de 43ºC no verão, isso devido a rusticidade de seus ancestrais. O manejo com touros bem alimentados, protegidos do calor, gera alta porcentagem de prenhez, garantida pela manutenção da fertilidade e da libido do reprodutor, somando-se os itens que ocorrem na maioria com cios noturnos.

No começo da década de 70, segundo uma pesquisa da revista americana "Times", o gado beefalo foi considerado sucesso absoluto, pelo rápido ganho de peso e por apresentar carne vermelha de qualidade, com melhor sabor, maciez, suculência e baixíssimo teor de colesterol.

As fêmeas formam boas matrizes, em consequência da grande habilidade materna, boa produção de leite, mantença de estado com bezerro ao pé, mesmo em pastagens nativas ou secas, alta fertilidade, repetindo prenhezes anualmente. A valorização de um touro puro sangue beefalo representa 50% do aumento na produção, pois não exige rações, pastos plantados ou manejos especiais.

Características:

- Precocidade: grau elevado de precocidade em serviço após 14 meses de idade. Rápido ganho de peso e terminação com 2 anos.

- Fertilidade: apresenta baixo índice entre partos nas fêmeas e grande capacidade de cobertura dos machos. Registra alta taxa de fertilidade, semelhante ao dos bovinos europeus.

- Longevidade: constata-se a existência de vacas com mais de 20 anos e com bezerro ao pé.

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